quarta-feira, 12 de maio de 2010

Sinttel-MG presta apoio à greve dos trabalhadores da rede estadual de ensino.


Há mais de mês em greve, os servidores em educação de Minas Gerais lutam por melhores condições de salário e emprego. A intransigência do governo estadual e as constantes intervenções do Poder Judiciário nas mobilizações tem sido os principais obstáculos da categoria, que agora recebe o apoio de Centrais Sindicais e demais entidades, entre elas o Sinttel-MG.
Afronta a autonomia sindical e a liberdade de expressão. Esse foi o entendimento das Centrais e sindicatos em relação à censura imposta pela Justiça aos servidores do Estado. Assim como aconteceu com os rodoviários de Belo Horizonte e Região Metropolitana, os trabalhadores em educação e os servidores do Ipsemg foram intimados a suspender suas paralisações, e seus sindicatos forma multados pelo TJMG, mesmo o movimento grevista ter respeitado as determinações legais.
Para as entidades sindicais, o momento exige solidariedade de toda a classe trabalhadora, já que a Justiça, acionada pelos patrões e governos, comete desmandos ao não mediar e arbitrar os conflitos coletivos do trabalho. Quando não há possibilidade de diálogo, a greve se transforma na única forma de resistência. Em todo caso, é notórios o descaso do governo com a educação pública. Os profissionais têm o direito e o dever de resistir ao sucateamento e à transformação da educação em mercadoria.
O governador do estado, Antonio Anastasia (PSDB), também mostrou a que veio. O poder executivo solicitou à Justiça que determinasse a ilegalidade do movimento grevista. São mais que justas as reivindicações apresentadas pelo Sind-UTE (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública do Estado de Minas Gerais), a exemplo da regulamentação do piso salarial dos R$ 850 para R$1.312, 85 mil por 24 horas de trabalhos semanais.
Toda solidariedade aos trabalhadores e trabalhadoras em Educação da rede pública estadual. Nosso repúdio à intervenção de Antonio Anastasia e ao desserviço prestado pelo Desembargador Wander Marotta, da 7ª Vara Cível de BH, em estabelecer uma multa diária de R$ 10 mil por dia, até o limite de R$ 500 mil reais dia, em caso de continuidade da greve.
Ao Sind-UTE e à categoria, nosso apoio e parabéns pela coragem de não interromper o movimento grevista. Não podemos nos render às ações antissindicais e à ofensa institucionalizada ao direito constitucional de greve. Somente com a solidariedade da classe trabalhadora vamos contornar esse difícil momento!
As Centrais Sindicais irão solicitar uma audiência com o presidente do TJMG, para esclarecer a relação que o poder judiciário vem estabelecendo como o movimento sindical.
- Pelo direito de greve!
- Pela abertura imediata de negociações entre o governo do estado e os grevistas!
- Pelo atendimento à pauta de reivindicações da educação!
- Pela valorização dos servidores em defesa de serviços públicos de qualidade!

CTB - CUT - CGTB - NCST - UGT - CONLUTAS

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