
A decisão foi tomada no mês
passado, mas veio a público nesta semana. O gancho é ótimo para retomar uma
discussão já travada aqui. Os trabalhadores de telemarketing são a ponta de
lança do mau atendimento prestado pelas empresas no país. É o pessoal treinado
para segurar a insatisfação, não deixando o problema subir para onde não há
baia apertada e sim sala com vista. A função é semelhante ao capataz que fica
entre o senhor e os escravos, que entende perfeitamente e concorda com a
reclamação do consumidor, porque é um deles, mas tem que cumprir ordens para
sobreviver.
Ou, melhor, regras que foram
entregues a eles em duas tábuas de pedra sob o título: “para ser aplicado, não
questionado”. É como a fórmula de Bhaskara na escola: você não entende como
chegaram naquilo, mas usa mesmo assim para passar de ano. É a alienação
completa do trabalhador, que não compreende o que vem antes ou depois, ou como
seu trabalho se encaixa na estrutura. Apenas faz.
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